
Segundo Reinado
O que foi?
O 2º Reinado (1840-1889) começou após o Golpe da Maioridade, ou seja, quando D. Pedro II assumiu o governo do Brasil, uma monarquia parlamentarista.
Aspectos Econômicos
A economia do 2º Reinado se baseia principalmente no Ciclo do Café (concentrado no sudeste), que estava em seu auge. A produção permanecia visando a exportação e utilizava mão de obra escrava e/ou imigrante, que era uma novidade. Os dois principais locais em que o café era produzido eram o Vale da Paraíba e o Oeste Paulista, que eram praticamente opostos em questão de mão de obra, apoio político e técnicas.
Por causa do crescimento da exportação de café foram construídas as primeiras ferrovias e a urbanização se desenvolveu. Nessa época começaram a ser montadas as primeiras fábricas no Brasil. Também, se destacou a atuação do Barão de Mauá.
ERA MAUÁ (1850-1878):
Foi um período em que o Barão de Mauá investiu na industrialização do país construindo ferrovias, rede de telégrafos submarinos ligando Brasil à Europa, investiu na CIA do Gás do Rio de Janeiro e na criação de bancos. Porém, ele apoiava a mão de obra assalariada (pensamento abolicionista) em seus projetos, ideia mal vista pelos latifundiários brasileiros. Assim, seu banco faliu em 1878 e acabou seus anos de vida como corretor de negócios do café.
Aspectos Políticos
POLÍTICA INTERNA
A política nesse período foi marcada pelas disputas entre dois partidos, o Partido Liberal (PL), que buscava mais autonomia provincial, e o Partido Conservador (PC), que apoiava a centralização do poder. Sendo que ambos os partidos representavam a elite oligárquica do país.
Em 1847, D. Pedro II implementou o "Parlamentarismo às Avessas", um sistema político no qual havia um parlamento, disputado pelos PC e PL, com D. Pedro II dirigindo seu funcionamento através do poder Moderador. Após isso as disputas entre os partidos diminuíram.
Diferente do Período Regencial, o 2º Reinado não teve muitos conflitos internos, isso mostra o grande aumento da estabilidade política, econômica e social no país.
POLÍTICA EXTERNA - GUERRA DO PARAGUAI (1865-1870)
A Guerra do Paraguai foi causada pelo desejo de expansão e conquista de uma saída para o mar do ditador paraguaio, Solano López.
O início da guerra se deu após o Paraguai aprisionar um navio mercante brasileiro (Marquês de Olinda), no Rio Paraguai, que estava indo em direção à Cuiabá (MT), pois desconfiavam-se de haver armas nos porões da embarcação.
Após isso, Solano López atacaram o Brasil e atravessaram o território argentino e uruguaio sem permissão, assim os três países formam a Tríplice Aliança, um tratado de ajuda mútua contra o paraguaio.
O Fim da Guerra
Depois de muitos anos de conflito, o atual comandante deu a ordem de capturar Solano López, vivo ou morto. Enfim, o ditador foi morto após recusar-se e se render, então a Guerra do Paraguai chegou ao fim.
Consequências
Paraguai: Cerca de 80% da população masculina foi dizimada; grande queda na economia do país.
Brasil: Crescimento do exército e da marinha; crescimento da dívida externa; crescimento da campanha abolicionista.
Aspectos Sociais
A Mudança na Mão de Obra
Durante o 2º Reinado surgiram várias sociedades e jornais com ideias abolicionistas, assim os escravos se mobilizaram para conquistarem sua liberdade.
Porém, isso era de desgosto dos grandes fazendeiros, pois estes perderiam sua mão de obra e seus investimentos, assim lutaram para que o governo pagasse uma indenização por cada escravo perdido.
Como isso não seria possível, o governo criou várias leis para a abolição do trabalho escravo gradualmente, estas foram:
- Lei Eusébio de Queirós (1850);
- Lei do Ventre Livre (1871);
- Lei do Sexagenário (1885);
- Lei Áurea (1888).
A Vinda de migrantes
Ao mesmo tempo da abolição da escravidão, algo que desfavoreceu os latifundiários, estes apoiaram a vinda de imigrantes ao Brasil para trabalharem nas fazendas de café. Os imigrantes eram principalmente italianos e alemães, por causa da Unificação Italiana e Unificação Alemã, que geraram uma grande onda de imigração da sua população.
Para promover a imigração houve o Sistema de Parceria (espécie de adiantamento aos imigrantes dado pelos fazendeiros), o Sistema de Colonato (o governo financiava as despesas de viagem dos estrangeiros, para diminuir as tensões entre empresários brasileiros e imigrantes) e o Programa de Colônias de Ocupação (sistema de apropriação de terras).
Crise
Após desentendimentos de D. Pedro II com os militares e com a elite oligárquica, estes proclamaram a República, sem participação popular, em 15 de novembro de 1889, com Marechal Deodoro da Fonseca, tornando-se o primeiro presidente do Brasil.
Fontes
- https://aprovatotal.com.br/segundo-reinado/
- Slides EBvirtual